A eterna luta de classes, estereotipada pela cor do colarinho. Qual é a cor do teu colarinho?

Sexta-feira, 30 de Setembro de 2011
Sugestão de Saída: Parque Biológico de Gaia

Fui recentemente a uma casa que já conhecia e da qual guardava boas memórias de uma tarde muito agradável. Já lá tinha estado há uma meia dúzia de anos atrás. Qual foi o meu espanto quando deparei-me com a transformação. 

Belíssimo. O ambiente geral do parque é sadio e apetecível. É um local criado para andar, para criar o desejo de andar, tão belos são os caminhos labirínticos. Por entremeio vai-se encontrando pequenas cabanas para visionarmos os animais no seu habitat. Lá encontramos uns convidativos banquinhos para repousar e informações úteis e pertinentes sobre a fauna desse local. 

Os caminhos estão repletos de surpresas curiosas e originais. Recordo-me de uma bela árvore junto ao caminho, com um enorme livro em cima dum pedestal, com pequenas fábulas para crianças. Encantador e pitoresco aquele cantinho junto à árvore. 

      

          

O ponto alto do parque quiçá talvez seja o espaço do Biorama. Fabuloso! Aqui fiquei abismado. Não esperava minimamente ser presenteado por tamanho banquete visual. A recriação de animais pré-históricos no seu habitat, com sons, alguns com movimento. Tudo construído com um bom gosto que, francamente, ainda não encontrei par em Portugal. Passagem obrigatória. Asseguro-vos que ides adorar. 

Mas o Parque Biológico de Gaia vive da diversidade. Enquanto que outros parques são mais limitados quanto às atracções, este não sobrevive exclusivamente do ambiente fabuloso do passeio, dos espaços encantadores dos seus animais, ou do incrível Biorama. Este parque oferece cantos em vários locais do parque que só por si justificavam inteiramente a visita. Desde um castelo que no interior é viveiro de todo o género de aves, ou por exemplo uma recriação completa de uma quinta onde nada falta, desde os campos cultivados com um pouco de tudo, com uma magnífica casa rural de pedra, onde no interior existe uma exposição bastante alargada sobre todo o género de utensílios de outrora, tendo inclusive quartos inteiros lá recriados. Esta moradia é um sonho. Perdi-me por imenso tempo somente nesta atração, tal são os detalhes. Devo dizer, e não é levianamente que o digo, que é possível sentirmo-nos em casa. Avivou-me como mais nenhum sítio recordações de infância, do ambiente familiar da casa dos avôs. 

Há um local do parque que não posso deixar de destacar também. É uma parte de um jardim que é dedicado às sensações olfactivas. Tem plantadas inúmeras ervas aromáticas. Encontra-se quase de tudo. Desde a erva do caril ou a dos coentros, encontra-se lá exposto flora que existe em Portugal e outra que provavelmente tendes que ir à Índia para encontrar. É um choque para o nosso incauto nariz, pondo verdadeiramente à prova a sua destreza em diferenciar e qualificar.

       

       

Após um tempo magnífico no parque, já junto da saída, surpreendi-me quando aceitei um convite para visitar no edifício da recepção uma exposição temporária sobre as árvores. Não foi essa exposição que me cativou. Sinceramente, nem me agradou. Mas essa galeria tinha um corredor que se estendia para um mundo completamente diferente. Entrei noutra dimensão. Quando já nada esperava, deparei-me com uma exposição com uma riqueza extraordinária, sobre variadíssimos assuntos. A qualidade das peças expostas são de um valor impagável. Deliciei-me de tal modo só com aquela inesperada exposição, como poucas vezes tem sido possível mesmo em museus e afins de renome. É um ataque à minha compreensão como é que aquele espaço está ali, como se somente de mais um mero anexo do parque se tratasse. Vale exclusivamente por si, como poucos locais o conseguem. 

Não vou dizer isto em meias palavras: foi um dos locais em Portugal que mais me agradou até hoje, quer na qualidade do que vi, na diversidade da oferta, e na quatidade dessa mesma oferta. É de loucos. Conheço vários parques biológicos em Portugal, conheço os Parques Zoológicos, conheço os melhores museus, algumas das melhores exposições fixas e itinerantes, mas digo-vos com toda a sinceridade... há muito pouco que se assemelhe. 

A cereja neste bolo acaba mesmo por ser o preço: para os adultos cinco euros, e as crianças com mais de sete anos pagam dois euros e meio. O que é isto comparativamente com tal oferta megalómana? Não é nada. Tenho pago o mesmo por locais ridículos, e naqueles que valem a pena deixa-se 20 a 30 euros na entrada. 

Se quereis um dia bem passado com os vossos, então não hesiteis e visitai o Parque Biológico de Gaia. Confiai cegamente na minha sugestão e após lá ires passai por aqui nesta rubrica e dai-me a vossa opinião. Tenho a certeza que sei qual será a vossa reação. 

        

Site do "Parque Biológico de Gaia"

 

        



Traficado por Dinis Vieira às 21:41
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Quarta-feira, 21 de Setembro de 2011
Homenagem a Júlio Resende
Um artista é o apreço do seu público, é admiração alheia à sua obra, é uma vida que perdura. Não falece, não abandona, somente muda de forma, quando a sua aura troca o corpo cansado por uma tela.
      
  Homenageio quem de si nos enriqueceu, numa margem à beira rio colorida por uma "Ribeira Negra", obra maior dum grande artista. 
  
A rutura com o vulgar, faz-se na ponta de um lápis, num rabisco embelezado.
      
A vida que abarca a excelência percorre o caminho humilde, mas colorido de alegria. 
    
Exorto a todos que disponham da oportunidade, para visitar a Fundação Júlio Resende - Lugar do Desenho. Fica próxima do Porto, mais concretamente em Valbom - Gondomar, é uma instituição privada de utilidade publica. Saindo junto à ponte do Freixo, do lado norte, seguem junto ao rio para este, percorrendo uns quatro quilómetros. Irão encontrar placas identificativas. 

Atualmente conta com um vasto espólio que reúne mais de dois mil desenhos que Júlio Resende, primeiro Mestre da pintura expressionista, reuniu ao longo da sua carreira de artista. 

Neste lugar, para além da exposição permanente do aludido acervo, são promovidas várias exposições temporárias, concertos, conferências, seminários, cursos ou workshops. 

      

... Mas eu queria, efectivamente, ser pintor!

...

Comprei a primeira caixa de tintas «a sério», e aprendi a colocar as cores na paleta, segundo as boas regras." - Júlio Resende



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