A eterna luta de classes, estereotipada pela cor do colarinho. Qual é a cor do teu colarinho?

Quinta-feira, 5 de Abril de 2012
A Questão da Instabilidade no Sporting

  

Hoje, no programa "Grande Entrevista" da RTP1, assisti com um misto de espanto e conformismo aos comentários desportivos dos convidados. Comummente são aqueles ligados ao futebol que menos enxergam e este é um bom exemplo.

Foi por todos referida a instabilidade do Sporting nesta época, fazendo uma ressalva a uma série de sete jogos a vencer em que a equipa se apresentou em bom plano. 

Caríssimos entendidos, não foi um acaso. Há uma diferença evidente dessa equipa para a restante época: Rinaudo. 

Este jogador lesionou-se e precisamente no jogo seguinte o Sporting entrou em descalabro. Apesar de não ter sido dado suficiente relevo a este aspeto, a verdade é que outro momento positivo do Sporting coincidiu com o rertorno de Rinaudo à equipa, que infelizmente foi de pouca duração devido à persistência da lesão. 

Há quem diga que um jogador não pode fazer semelhante diferença, que uma equipa não vive de um jogador. Enganam-se. Em alguns casos, determinados jogadores são fundamentais, quer pelo papel relevante que desempenham, quer por não haver qualquer substituto digno desse nome. 

    

  

Quanto ao treinador Sá Pinto, concordo com a apreciação: tem alma, é pragmático, sabe aproveitar o que tem à disposição. Relembremo-nos que Rinaudo ainda não lhe prestou serviço e ainda assim o Sá tem obtido resultados. No entanto, tal tem sido arrancado a ferros como temos podido verificar. Este jogo com o Metalist, foi uma penitência. Não por o Sporting defender, não por ter dependido da fortuna do jogo, mas sim porque a maioria dos jogadores não corriam, falhavam passes descaradamente, não tiveram alma. Não falem do esforço físico, como erradamente os comentadores do programa da RTP1 mencionaram, porque caso o Metalist tivesse marcado o segundo ver-se-ia um Sporting de grande fulgor. Não duvidem disto. No entanto, fulgor poderia já não ser suficiente. 

    

  

Esta equipa tem efetivamente jogadores de valor. Na próxima época precisará de cerca de seis jogadores para posições estratégicas. Seis jogadores... com real valor, e não pseudo-craques que vêem só porque o passe sai à borla. 

O holandês voador plana junto ao chão. Era bom que algum otário o comprasse.

O Capel mantinha-o apesar dos queixumes de terceiros. Acho que tem valor para estar na equipa. 

O Polga tem experiência mas nada mais. É caso para dizer que nem com uma limpeza de balneário como aconteceu na pré-época ele desandou para fora. 

O meio campo ofensivo suspira por um líder. O Matías não o é. Craque? Onde? Falta outro otário que o compre. 

O Renato Neto para já é bom só para substituto. Está muito verdinho mas tem potencial. Recorda-me o Oceano. 

  

O mais caricato é que o clube tem bons jogadores, mas estão emprestados. O melhor elemento esta temporada na Académica (adv na final da Taça) é o Adrien Silva do Sporting. 

No Olhanense o Wilson Eduardo já fez por merecer uma oportunidade no ataque leonino. Até o coxo do Djaló a teve! 

O miúdo Diogo Salomão tem enorme potencial. Precisa de uma mão, quiçá dum moralizador como o Sá Pinto. 

O Arias passou e arrumou. Mesmo com concorrência de peso para o seu lugar, ele faz falta. 

Há vários jogadores emprestados, é só chamá-los! 

 

Quanto ao Sá Pinto, prefiro-o ao Domingos. Reconheço valor ao anterior treinador, mas este agora tem alma da casa, tem fé genuína nos seus pupilos (ainda que alguns sejam de baixo nível futebolístico). Ele faz em certa medida o que Mourinho é capaz: transmite essa alma e garra às suas equipas. O Domingos, o André Vilas Boas e até mesmo o Leonardo Jardim, são bons treinadores mas nunca serão verdadeiros vencedores. Necessitam de equipas com grande valor individual e coletivo, caso contrário falham redondamente. 

 

Para as casas de apostas os portugueses já perderam, face aos prognósticos de finais espanholas. 

Os espanhóis esses, fazem descrições muito esforçadas às caraterísticas da equipa de Alvalade. Dão a passagem como garantida contra uma equipa inferior a todos os adversários anteriores do Bilbao: PSG, Man Utd e Schalke. 

Vejam em http://www.marca.com/2012/04/06/futbol/europa_league/1333663992.html 

   

  

Em suma, ao contrário do que afirmou o Sr. Rui Oliveira e Costa na "Grande Entrevista", na próxima eliminatória com o Bilbao não sei se será suficiente ter apenas pragmatismo, ter somente 35% de posse de bola, fazer apenas três ou quatro remates, defender, defender e defender. Ele contrapôs o voluntarismo dos adeptos ao pragmatismo demonstrado, como o caminho a seguir para aceder à final. Pois meu caro, eu também acredito e espero pelo sucesso da equipa, mas caso não arregacem as mangas e se esforcem a sério, com passes bem medidos, com entreajuda dos setores (invés de irem dois sozinhos à luta e os restantes ficarem a relaxar), com pressão sobre a bola, com jogo no meio campo adversário, não augoro brilhante futuro. O pragmatismo não é suficiente Sr. Rui Costa, é preciso esforço, dedicação e devoção de modo a poder alcançar a glória. 



Traficado por Dinis Vieira às 22:21
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Sábado, 27 de Agosto de 2011
O Reverso da Medalha

 

Sou franco. Apesar de reconhecer toda a qualidade inerente à atual equipa do Barcelona, não simpatizo com variados aspetos, como a arrogância de muitos dos seus jogadores, a atitude deliberadamente protecionista que as entidades oficiais lhes facultam, toda a excessiva mediatização de talento puro e angelização, conquanto os demais são diabolizados e denegridos. 

Posto isto, é óbvio que apoiei o FC Porto nesta partida para a Supertaça 2011. 

 

Quanto ao penálti, ninguém tem dúvida, excetuando aqueles que por algum motivo particular opinam hipocritamente. 

 

No entanto, achei muitíssimo interessante a reação dos dirigentes portistas nos seus protestos quanto a esse polémico caso do penálti. Por cá, ainda está quente a controvérsia gerada no caso do Sporting, nas primeiras jornadas do campeonato. Após as reclamações leoninas, ouviu-se ainda recentemente o líder azul e branco, o Sr. Pinto da Costa, inchado por um ego desmedido, a criticar os dirigentes leoninos devido à sua posição de protesto aos recorrentes erros das arbitragens. 

Surge o reverso da medalha em boa hora. Cá se fazem, cá se pagam. Eis o castigo divino pelo pecado original. Quem tanto tem sido beneficiado dentro de portas por arbitragens tendenciosas, mas que vão passando como "erros de julgamento natural" de qualquer árbitro, agora sofre na pele, com a mesma arma com que normalmente inflinge.

 

Não direi que lamento. Não. A dor da injustiça atinge a qualquer um. Quem demonstra insensibilidade perante os legítimos protestos dos outros e ainda ironiza sobre as suas lamentações, não merece diferente destino.

 

Quiçá ainda sobre um pouco deste veneno divino para outros que enveredam submissamente pelo mesmo caminho de sarcasmo e hipocrisia sobre as reclamações fundadas de outros.

Que o presidente Rui Alves não as pensa devidamente, já é público. Que é vassalo azul e branco, não é novidade. Portanto já não surpreende quando se espalha ao comprido em declarações sem qualquer crédito ou valor.

 

Moeda ao ar,... e saiu a outra face.   

 



Traficado por Dinis Vieira às 14:10
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Quarta-feira, 24 de Agosto de 2011
Coluna "Bola na Rede" do jornal "A Bola" - 24 de Agosto

 

 

Saiu hoje no jornal desportivo "A Bola" um artigo de opinião do jornalista Nuno Perestrelo, diretor online d'A Bola. 

O artigo visa o tema quente do conflito entre Sporting e os árbitros.

Começa o artigo por dar a mão à palmatória sobre os erros que prejudicaram recentemente o Sporting, logo para a seguir encarrilar numa avalanche de críticas ao mesmo clube.

Aparte o criticismo vulgar e comum por parte de algum média em Portugal, realço a estigmatização sistematicamente efetuada a este clube, tal como neste caso em apreço.

Na coluna editorial "Bola na Rede" de Nuno Perestrelo, os dirigentes do clube são acusados de não concretizar as suspeitas, ficando-se por insinuações vagas, sendo tal conotado como "a maior prova de fraqueza". As reações de indignação sportinguistas, legítimas e ajustadas em conteúdo e temporalmente, são analisadas como "motivo para rir". 

É claro que esta peça jornalística, apesar de ser oriunda de um respeitado profissional, não passa somente de uma opinião pessoal e fechada. Todavia, é deste género de bálsamo propagandista que se alimentam as fontes que insistem em penalizar o Sporting, contribuindo em larga parte para a describilização das queixas e enfraquecimento da posição do clube. 

Claro que a acusação de falta de concretização efetiva das suspeitas reporta-se exclusivamente ao Sporting, esquecendo convenientemente o turbilhão político e desportivo causado na época anterior pelo Benfica, bem mais tumultuoso e grave do que esta situação, em que igualmente não foram concretizadas quaisquer suspeitas. 

Lamento assistir a este denegrir consentido e sustentado ao longo do tempo por parte daqueles que deveriam abster-se de tais práticas, refugiando as suas ações atrás da liberdade de expressão da prática jornalística. 

Quiçá o Sporting seja realmente brando demais. Quiçá seja efetivamente tempo do clube endurecer a sua posição, não só perante as arbitragens, mas igualmente com aqueles que na busca de irreverência na opinião afundam progressivamente o Sporting.  

 



Traficado por Dinis Vieira às 23:23
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