Aproveitando o mediatismo associado à campanha anti-touradas a decorrer em Viana do Castelo, a "Associação GCM" (Gangster do Colarinho Multicor) está a promover o movimento anti-pesca. Esta iniciativa conta com o apoio direto de muitas personalidades dos diversos setores da sociedade, nomeadamente todos aqueles que se têm manisfestado contra o sofrimento injustificado nas arenas dos animais com cornos, pois afinal de contas os peixes também são seres vivos e merecem semelhante compaixão.
Correspondendo à celeridade que a gravidade da situação requer, uma das medidas que se encontra a ser preparada para ser apresentada nos paços do concelho municipal de Viana do Castelo, é precisamente a declaração oficial camarária de primeira cidade portuguesa anti-pesca.
O nosso enviado para o local, Miguel Sonda, testemunhou em primeira mão alguns dos entraves a este movimento e conversou com os pescadores locais que vivem da fauna e com os defensores deste movimento.
Entrevista a Fernando Elias, associado da GCM:
Miguel: - O que reinvidica esta iniciativa e o que espera vir a obter das entidades oficiais?
Fernando: - Não pretendemos nada que não tenha sido reinvidicado no movimento anti-touradas. O sofrimento dos peixes é atroz, os métodos utilizados hoje em dia comportam uma carga bárbara de dor a estes seres. Os peixes também têm alguns sentimentos, também vivem e existem como nós e como os touros, e a sua dor é a nossa dor.
Miguel: - Não considera que o peixe é um alimento essencial na nutrição das pessoas do qual não podemos prescindir?
Fernando: - Primeiramente deixe-me corrigir que não estamos contra o consumo alimentar de peixe, o que nos opomos categoricamente é contra as impensáveis técnicas de pesca que ainda vigoram, completamente arcaicas, e que já não se justificam hoje em dia. Somos contra o desperdício final que muitas vezes sucede em que toneladas de peixe são deitados fora por falta de escoamento no mercado. Isto é brincar com estes seres magníficos que nunca nos fizeram mal algum, bem pelo contrário, servem-nos de alimentação, limpam o oceano comendo os dejetos com que nós o poluímos, mantêm o equilíbrio de todo o ecossistema marítimo e fluvial.
Miguel: - Que ações de protesto estão a ponderar levar a cabo?
Fernando: - Precisamos do apoio de todos nesta luta pela liberdade. Estamos a ultimar a preparação duma lista para a recolha de assinaturas de todos aqueles que quiserem juntar-se à luta anti-pesca, a qual pretendemos levar posteriormente à assembleia da república para reinvidicar junto do governo as nossas pretensões, à semelhança do que está a ser feito no movimento anti-tourada. Juntos vamos conseguir cessar com a opressão dos touros e dos peixes. Tortura dos peixes, nem é são nem é alimentação.
Miguel: - Muito obrigado pela intervenção. Vou agora ouvir outra pessoa aqui presente, neste caso o Sr. Luís Zacarias. Boa tarde, segundo a informação que eu tenho o senhor é pescador, está correto?
Luís: - Há 53 anos, home.
Miguel: - O que acha deste movimento anti-pesca e que problemas poderá trazer para a sua atividade?
Luís: - O que eu acho? São todos uma cambada de maluquinhos. Não têm mais nada que fazer, isso é que sim. Se tivessem uma sachola e fossem cavar terra já não vinham prá'qui chatear.
Miguel: - Considera que o movimento poderá agravar as dificuldades do sector que já por si está difícil?
Luís: - Nã grava nada! Nós pescamos aqui, eles ladram prá'li na praça dos lordes. Aquela praça no fundo da avenida onde fazem aquela algazarra toda, tá a ver? Lá aquele teatro daqueles que se mascaram,... põem uns cornos e mascaram-se de touros e depois andam ali às marradas uns aos outros todos de preto, lá com os doutores sentados nas cadeiras a ver o espetáculo. Hmm... é o que eu digo, não têm nada pra fazer. Nós cá levantamo-nos de madrugada, ainda o sol não raiou, e vamos pró mar pra ganhar o nosso.
Miguel: - Que medidas ponderam adotar se o movimento vier a ser levado em conta pela autarquia?
Luís: - Eles que venham cá! Quero ver. Nós nã gostamos de confusão mas se vierem feitos bicho bravo nós contamos cá uma coisa ou duas. A mim ninguém me lixa. E quando os vir novamente na doca para comprar peixe para comer, vão comer é pró $#&%$ que eu os &$#%$. Hei de pegar no peixe e enfiar-lhes pela %#&$%.
Miguel: - Obrigado pela sua opinião. Hoje ficamos por aqui mesmo, visto estar a aglomerar-se um grupo aparentemente irado aqui próximo. Sou Miguel Sonda,... da GCM.
Para esquecer um pouco os problemas e a palavra "austeridade" (olha, agora já disse) aqui fica um pequeno vídeo com um humor pueril.
Delicado e picante quanto baste.
O chulo reúne as suas trabalhadoras.
Chulo: - Chamei-vos aqui todas para vos avisar que a minha percentagem vai aumentar. Em vez dos 60% usuais passo a ficar com 70% do apuro.
Prostituta: - O quê? Assim ficamos sem nada.
Chulo: - Tem mesmo que ser. Os impostos vão aumentar e os subsídios vão ser cortados.
Rameira: - Mas nós não somos funcionários públicos.
Chulo: - Mas prestais um serviço público. De qualquer modo tenho que fazer juz ao meu nome, não posso deixar que o governo seja mais chulo do que eu. Roubar o povo desta maneira... são bons mas eu já chulo há muito tempo. Pensando melhor, a minha comissão passa para 75%. Assim é que é.
Meretriz: - Como é que vamos sobreviver com tão pouco dinheiro? O que vai ser de nós?
Chulo: - Tendes que investir para melhorar o negócio. É lógico.
Puta: - Investir como?
Chulo: - Para teres mais clientes basta melhorar os pormenores: os preservativos passam de simples para estrias sensoriais, um bochecho mais profundo e alongado, umas collants sem buracos na malha, um perfumezito no pescoço,... será que tenho que explicar tudo? É por esta dedicação que mereço a comissão que vos cobro. Vendo bem as coisas, passa antes para os 80%. Assim é que é.
Trabalhadora liberal: - Mesmo assim não vamos ter mais clientes. Os desta zona já cá vêm todos.
Chulo: - É simples. Colocais um anúncio na internet. É preciso nacionalizar o nosso negócio. O governo também o vai fazer com os bancos.
Vendida: - Acho melhor terminar esta reunião ou os 20% que nos restam ainda evaporam.
Chulo: - Ora, afinal sempre temos por aqui alguém que pensa. Assim já estamos em vantagem sobre o governo porque por lá não há ninguém que o faça.
Ele agarra-se a ela por trás, num abraço repleto de ternura.
Ela: - Está quieto, não vês que agora estou a trabalhar?
Ele senta-se no sofá em frente à televisão a assistir à partida de futebol.
Ela: - O futebol está sempre em primeiro, não vês mais nada na frente.
Ele levanta-se e senta-se junto à mesa em frente do portátil.
Ela: - Vai lá para o computador, gostas mais dele do que de mim.
Ele levanta-se novamente e assobia, chamando pelo seu compincha de quatro patas, a quem afaga o pêlo animadamente.
Ela: - Sempre de volta desse cão. Só ligas a ele.
Enfadado, pergunta:
Ele: - Então, mas o que posso eu fazer afinal?
Ela: - O que quiseres, tu é que sabes.
Neto e avô conversam animadamente junto a um precipício.
Avô: - Olha Vicente, vou atirar o molho das chaves de casa lá para o fundo deste penhasco.
O avô simula energicamente o arremesso das chaves para o fundo do penhasco.
Vicente: - Atiraste mesmo!... - exclama espantado. - E agora?
Avô: - Agora assobio e elas voltam a voar.
O avô assobia e simula celeremente que apanha as chaves no ar.
Avô: - Vês? Já cá estão. - diz o avô orgulhosamente, após ludibriar o garoto de cinco anos.
Vicente: - Empresta cá as chaves avô.
O avô passa as chaves ao neto. O garoto arremessa com quanta força tem o molho das chaves de casa para o fundo do penhasco.
Vicente: - Vá, assobia lá agora.
Moral do conto: foi verídico.
Presidente: - Votem em mim, dar-vos-ei um Jeep novinho em folha, só para vocês que trabalhais tanto.
O povo rejubila.
Zeca do Talho: - E para a minha mulher, arranja trabalho?
Presidente: - Abrirei vagas no pelourinho municipal, dando emprego direto a sessenta pessoas e indireto a mais de cento e cinquenta.
Quatro meses após a vitória nas eleições.
Zeca do Talho: - Senhor presidente, ainda bem que o encontro. Era para falar da minha mulher, ainda está desempregada.
Presidente: - Não há vagas abertas de momento.
Zeca do Talho: - Mas tinha-me prometido se votasse em si.
Presidente: - Pois prometi, e abriram oitenta vagas diretas para o município.
Zeca do Talho: - O que se passou então?
Presidente: - Prometi a si, e a todos os outros também.
Urge combater o stress e levantar o moral dos portugueses nestes tempos conturbados em que vivemos as mais letais medidas anti-democracia de sempre em Portugal.
Apertei tanto o cinto que parti a bacia. Como agora encontro-me paralisado na cama a recuperar, já nem posso efetuar uma transa ibérica, limitando-me exclusivamente a receber tratamentos da enfermeira à base de felatio.
Mas há quem nem tenha cinto. Uma jovem vizinha cá do prédio usava apenas tanga há já tanto tempo, que nos dias que correm nem isso tem. Coitadinha. Os putos da rua podiam gritar "o Rei vai nu", mas os malandrecos...
Vai daí que resolvi sugerir algumas medidas extra que deveriam ser incluídas no pacote da troika, pois afinal de contas para quem já excedeu em muito o que estava previsto no memorando, também não se importará de acrescentar mais estas. É para o bem da saúde e da produtividade nacional.
Figura pública comenta casos nacionais. A verdade à tona.
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