Fui recentemente a uma casa que já conhecia e da qual guardava boas memórias de uma tarde muito agradável. Já lá tinha estado há uma meia dúzia de anos atrás. Qual foi o meu espanto quando deparei-me com a transformação.
Belíssimo. O ambiente geral do parque é sadio e apetecível. É um local criado para andar, para criar o desejo de andar, tão belos são os caminhos labirínticos. Por entremeio vai-se encontrando pequenas cabanas para visionarmos os animais no seu habitat. Lá encontramos uns convidativos banquinhos para repousar e informações úteis e pertinentes sobre a fauna desse local.
Os caminhos estão repletos de surpresas curiosas e originais. Recordo-me de uma bela árvore junto ao caminho, com um enorme livro em cima dum pedestal, com pequenas fábulas para crianças. Encantador e pitoresco aquele cantinho junto à árvore.
O ponto alto do parque quiçá talvez seja o espaço do Biorama. Fabuloso! Aqui fiquei abismado. Não esperava minimamente ser presenteado por tamanho banquete visual. A recriação de animais pré-históricos no seu habitat, com sons, alguns com movimento. Tudo construído com um bom gosto que, francamente, ainda não encontrei par em Portugal. Passagem obrigatória. Asseguro-vos que ides adorar.
Mas o Parque Biológico de Gaia vive da diversidade. Enquanto que outros parques são mais limitados quanto às atracções, este não sobrevive exclusivamente do ambiente fabuloso do passeio, dos espaços encantadores dos seus animais, ou do incrível Biorama. Este parque oferece cantos em vários locais do parque que só por si justificavam inteiramente a visita. Desde um castelo que no interior é viveiro de todo o género de aves, ou por exemplo uma recriação completa de uma quinta onde nada falta, desde os campos cultivados com um pouco de tudo, com uma magnífica casa rural de pedra, onde no interior existe uma exposição bastante alargada sobre todo o género de utensílios de outrora, tendo inclusive quartos inteiros lá recriados. Esta moradia é um sonho. Perdi-me por imenso tempo somente nesta atração, tal são os detalhes. Devo dizer, e não é levianamente que o digo, que é possível sentirmo-nos em casa. Avivou-me como mais nenhum sítio recordações de infância, do ambiente familiar da casa dos avôs.
Há um local do parque que não posso deixar de destacar também. É uma parte de um jardim que é dedicado às sensações olfactivas. Tem plantadas inúmeras ervas aromáticas. Encontra-se quase de tudo. Desde a erva do caril ou a dos coentros, encontra-se lá exposto flora que existe em Portugal e outra que provavelmente tendes que ir à Índia para encontrar. É um choque para o nosso incauto nariz, pondo verdadeiramente à prova a sua destreza em diferenciar e qualificar.
Após um tempo magnífico no parque, já junto da saída, surpreendi-me quando aceitei um convite para visitar no edifício da recepção uma exposição temporária sobre as árvores. Não foi essa exposição que me cativou. Sinceramente, nem me agradou. Mas essa galeria tinha um corredor que se estendia para um mundo completamente diferente. Entrei noutra dimensão. Quando já nada esperava, deparei-me com uma exposição com uma riqueza extraordinária, sobre variadíssimos assuntos. A qualidade das peças expostas são de um valor impagável. Deliciei-me de tal modo só com aquela inesperada exposição, como poucas vezes tem sido possível mesmo em museus e afins de renome. É um ataque à minha compreensão como é que aquele espaço está ali, como se somente de mais um mero anexo do parque se tratasse. Vale exclusivamente por si, como poucos locais o conseguem.
Não vou dizer isto em meias palavras: foi um dos locais em Portugal que mais me agradou até hoje, quer na qualidade do que vi, na diversidade da oferta, e na quatidade dessa mesma oferta. É de loucos. Conheço vários parques biológicos em Portugal, conheço os Parques Zoológicos, conheço os melhores museus, algumas das melhores exposições fixas e itinerantes, mas digo-vos com toda a sinceridade... há muito pouco que se assemelhe.
A cereja neste bolo acaba mesmo por ser o preço: para os adultos cinco euros, e as crianças com mais de sete anos pagam dois euros e meio. O que é isto comparativamente com tal oferta megalómana? Não é nada. Tenho pago o mesmo por locais ridículos, e naqueles que valem a pena deixa-se 20 a 30 euros na entrada.
Se quereis um dia bem passado com os vossos, então não hesiteis e visitai o Parque Biológico de Gaia. Confiai cegamente na minha sugestão e após lá ires passai por aqui nesta rubrica e dai-me a vossa opinião. Tenho a certeza que sei qual será a vossa reação.
Site do "Parque Biológico de Gaia"
Atualmente conta com um vasto espólio que reúne mais de dois mil desenhos que Júlio Resende, primeiro Mestre da pintura expressionista, reuniu ao longo da sua carreira de artista.
Neste lugar, para além da exposição permanente do aludido acervo, são promovidas várias exposições temporárias, concertos, conferências, seminários, cursos ou workshops.
“... Mas eu queria, efectivamente, ser pintor!
...
Comprei a primeira caixa de tintas «a sério», e aprendi a colocar as cores na paleta, segundo as boas regras." - Júlio Resende
Este tipo russo é um génio, se me perguntarem a mim. Com um objetivo da treta, apalpou as mamocas de 1000 fémeas russas. Sim, leste bem. Sam Nickel, 27 anos, apalpou os seios de mil mulheres com o intuito de através de um aperto de mão, passar a energia positiva obtida ao candidato à presidência russa, Vladimir Putin.
Durante um mês na rua, apesar das mil que aceitaram, cerca de sete mil recusaram.
Apalpou, gravou e contou. Neste filme assiste-se a um autêntico desfile de caras larocas, sendo que o génio russo trata-as como se fossem os "seus pares".
É um deleite visual.
Estou convicto de que é essencial promover os nossos produtos além fronteiras, pois essa é parte da chave do sucesso. Neste caso em particular, das iguarias da mesa lusitana, promover entre portas é estar a convencer a raposa a gostar de galinha, e quanto ao resto do mundo este concurso é como um grito mudo que não alcança onde era suposto.
Reafirmo aqui a minha opinião de que isto é simplesmente uma posição propagandista. Todavia não se alcançou aqui o lote das sete maravilhas gastronómicas portuguesas mas tão somente um lote de sete maravilhas.
Este resultado espelha o provincialismo a que estamos vetados com o tacanhismo ainda imperante, em que as pessoas não olham para o todo mas sim para o eu. Esta linha de ação não se reporta exclusivamente a este concurso mas igualmente a inúmeros outros casos do dia a dia, dando como exemplo óbvio, as próprias eleições legislativas ou autárquicas.
Falo do que sei, pois tive a oportunidade de presenciar uma situação relativa a um concurso de canto promovido por uma televisão em 2010/2011. A Câmara Municipal em questão não se conteve na promoção e apoio ao candidato da povoação, com o intuito de a vitória dele promover o concelho, distribuindo para tal efeito cartões pré-pagos para o povo votar, efetuando acerridamente promoção a esse concurso, quer através de cartazes ou até mesmo com um veículo a circular nas ruas com altifalante. À que referir ainda a familiariedade entre o elenco camarário e esse candidato. Resultado: esse candidato venceu o programa televisivo, apesar de suscitar dúvidas acerca do seu real valor face aos demais candidatos, alguns oriundos de famílias modestas e de concelhos que não necessitam deste género de promoção.
Isto é batota, é falsear a realidade, e não tenho qualquer dúvida que foi o que aqui se passou no concurso em epígrafe.
Sem tirar mérito aos escolhidos e apesar das diferentes opiniões, a verdade é que entre os sete estar, por exemplo, o Pastel de Belém e não figurarem inúmeros outros de maior valor para a cultura gastronómica portuguesa, parece-me invulgar.
Certamente não irão negar as raízes vincadas na nossa cultura de pratos com o bacalhau como atração principal, desde o simples Bacalhau Cozido ou o Bacalhau à Gomes de Sá.
E que tal algo que se tornou uma marca caracteristicamente portuguesa e sobejamente bajulada além portas: a Francesinha.
Mais para cima para o Minho encontro facilmente auténticos ícones lusitanos, como o Arroz de Sarrabulho (nem me falem de simplicidade na confeção, pois este prato é bem complexo para preparar), o Arroz de Cabidela (há cerca de um ano deu uma reportagem de um Chefe português que venceu um concurso de culinária internacional com este prato), o Arroz de Lampreia (iguaria de época), ou os Rojões à Moda do Minho.
E então a Posta à Mirandesa, o amigo Cozido à Portuguesa, as Tripas à Moda do Porto, a Açorda de Alho, o Polvo à Lagareiro, as Papas de Sarrabulho, a Perdiz, e certamente outros pratos que agora de momento fogem-me à memória.
Doces? Há o Arroz Doce, o Leite Creme, os Ovos Moles,... enfim. O Pastel de Belém, apesar de gostar bastante, NÃO É uma das sete maravilhas gatronómicas de Portugal... porra, não me lixem com essa!!! Quanto aos demais, fica ao critério de cada um, apesar de pessoalmente considerar que há mais nomeados a retirar de tão exclusiva lista.
Seja como fôr, novamente em Portugal se tomam iniciativas em nome de todos, quando tudo é manipulado por somente alguns.
Eu falo por mim sobre isto, tal como noutros assuntos noutras ocasiões: não reconheço estes resultados.
Hoje, dia 07 de Setembro de 2011, o blog "Gangster do Colarinho Multicor" atingiu a marca simbólica dos 1000 visitantes.
Em cerca de três meses alcançamos este ponto graças à vossa inestimável presença, que de outro modo tal não teria sido possível. Sois o blog, sois os gangsteres inconformados do dia a dia. Ao suportar causas de irreverência, de luta de qualquer índole contra a opressão e a injustiça, estais igualmente vós mesmos a fortalecer uma resistência contra esses males, contra a tirania de poucos sobre muitos. Pode por vezes parecer um esforço inglório, ínfimo, desigual com a magnitude da causa, mas há muitos blogs de Gangsteres por aí fora, todos formando uma corrente cuja força reside precisamente na união e comunhão de esforços, numa clara afirmação de repúdio contra os interesses instalados, expresso em claros e volumosos números, por parte de um povo que sabe dizer chega. E esse inconformismo está presente aqui neste blog, apesar de em conluio com a boa disposição que também é parte integrante da actividade aqui no Gangster.
Obrigado por estares connosco, e espero que continues a apoiar o nosso trabalho dando ainda que uma visita ocasional até cá e comentando. O comentário é a tua marca, o teu dedo no blog, a afirmação de que há mais alguém presente e igualmente inconformado.
Aproveito este post para deixar um desafio, para que aqui fiquem sugestões, críticas ou meras opiniões sobre o blog em si. Diz o que pensas sobre o Gangster, sobre o que podia ser melhorado, sobre o que gostarias de ver aqui debatido. A tua contribuição terá resposta, será considerada e todos os casos que enriqueçam este espaço serão postos em prática.
Obrigado a todos e... parabéns Gangster.
A série de apanhados dos "Peidos de Harry" mostra uma nova abordagem a uma velha faceta da flatulência. É uma série de pequenos clips já sobejamente conhecidos da Jack Vale Films, daquele que já é afamado pelos insólitos em público captados pela sua câmara.
Se rir é o melhor remédio, peidar é a solução. Vejam como as pessoas reagem tão diferentemente entre si perante a mesma situação.
Episódio 1
Episódio 2
Aprende a fazer o nó da gravata do teu colarinho. Proclama a tua independência em todos os sentidos, deixando de depender de terceiros para fazer algo que tu facilmente podes aprender.
De pequeno aprende-se a atar os sapatos. Porque não aquele nó da gravata?
Vencedores do Bloscar do Gangster
2º Bloscar - Alunos do Liberalismo
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