É caricato algumas pessoas pretenderem espelhar uma imagem pretensamente madura, com o sacrifício de coisas banais que lhes proporcionam prazer e boa disposição.
Quando a malta se junta e o assunto já secou, quando ficam todos a olhar uns para os outros, a querer matar tempo mas sem nada para entreter, mostram-se a princípio reticentes quando se afigura a possibilidade de desfrutar de um mero jogo. Qualquer um serve desde que agrade: uma suecada ou sobe e desce, um jogo de tabuleiro, uma partida de consola dum jogo de sociedade,... há variadíssimas escolhas dentro de portas que agradam a toda gente. É só escolher. Então porquê a malta, mesmo entre amigos, muitas vezes mostram-se relutantes em preencher o tempo com uma agradável atividade de entretenimento? Este diz que não mas fica por perto à cata, aquele diz que não apetece mas o olhar diz o contrário. Tudo o que é necessário é dois ou três abrirem as hostilidades que aos poucos os "esquisitos" reunem-se em volta do acontecimento. Acho que se trata duma auto-pretensão de ostentar uma imagem de maturidade e experiência a quem a puerícia não desperta réstia de interesse. Isto serve para os vintões e para os cinquentões.
Querer assistir a determinado programa televisivo mas não o fazer perante outras pessoas por temer ser criticado. Querer comer mais à refeição mas temer o escárnio sobre a forma física. Gostar de ópera ou música clássica mas não o divulgar a ninguém. É um rol extenso de restrições sociais.
Querer passar por alguém que não somos, não havendo real necessidade de vestir essa máscara! Que lástima de opção. São somente falsas aparências.
O truque para passar um tempo que nos satisfaça está em fazer o que nos dá prazer. Prá sanita com o disfarce social.
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